A Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N) I.P. organizou terça-feira, dia 4 de julho 2023, em Santa Maria da Feira, no EUROPARQUE, o Seminário que apresentou a Estratégia NORTE 2030 – Instrumentos de Financiamento. Na abertura, com a presença de 2300 participantes, de entre os quais a VERAE, o Presidente da CCDR-N I.P., António M. Cunha, referiu que “este programa está orientado para responder aos principais desafios que este primeiro quartil do século XXI coloca ao país e à região”.
“Com uma dotação de 3,4 mil milhões de euros, o NORTE 2030 tem uma governação com maior autonomia regional”, disse António M. Cunha, reforçando que nos 20 quilómetros quadrados da Região vivem, atualmente, cerca de 3,6 milhões de habitantes, localiza-se a maior base industrial e exportadora de Portugal e produz-se mais de metade da energia renovável.
Num Programa apresentado a vários autarcas, funcionários da administração pública, empresários e instituições do ensino superior da região, o Presidente reforçou que o NORTE 2030 “é um bom programa” e que todo o país ganhará com a subida das cadeiras de valor do tecido produtivo exportador do Norte.
“Este é um programa orientado para responder aos principais desafios que este primeiro quartil do século XXI coloca ao país e à região”, frisou, exemplificando que as “evidentes alterações climáticas, a transição energética e ambiental, a transição digital, mas também a crise demográfica” são desafios que têm de ser enfrentados pela garantia de melhores níveis de rendimento e qualidade de vida para os cidadãos.
António Cunha frisou que o dinheiro à disposição do NORTE 2030 tem “uma maior alocação de verbas a tipologias que serão, efetivamente, geridas regionalmente“, em comparação com o Programa Operacional NORTE 2020. Neste âmbito, o presidente da CCDR-N I.P. disse que o Norte “precisa de um sistema regional de inovação, tendo tudo para o ter. Só precisa de mais autonomia para o gerir“. “A qualificação das pessoas e a inovação são grandes objetivos e têm uma grande centralidade neste programa regional”, acrescentou.
Ao fim da manhã, o Seminário contou com a presença do Primeiro-Ministro, António Costa, que perante a plateia afirmou que “este é o primeiro Programa Regional onde, efetivamente, não é o Governo que desenha, nem é o Governo que aprova, ele é desenhado pela região e aprovado pela região“.
Durante o seu discurso, António Costa relembrou também as mudanças institucionais que aconteceram na orgânica das CCDR, que alargaram “significativamente o âmbito das competências e dos seus assuntos“. Segundo o Primeiro-Ministro, hoje as CCDR “não tratam apenas do ordenamento do território, da gestão do Programa Operacional com a dimensão e conteúdo que tinham até agora“. O governante considera que “a grande reforma que foi feita – uma grande reforma do Estado” é ter sido possível integrar nas Comissões o conjunto de políticas essenciais para a estratégia do desenvolvimento regional.
Fonte: CCDR-N